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FIRENZE 9 - PALAZZO VECCHIO

Pontos Turísticos de Firenze - Região 9: Palazzo Vecchio (Palácio Velho)

O edifício é atualmente a sede da prefeitura da cidade e de um museu que acolhe diversas obras importantes do Renascimento, além de salas e afrescos maravilhosos e histórias curiosas de cidadãos florentinos renomados e de uma incrível vitsa do alto de sua torre.

Mas sua história remota ao final do século XIII, quando Firenze encomendou em 1299 ao arquiteto Arnolfo di Cambio (o mesmo do Duomo) a construção de um palácio que pudesse oferecer proteção e valorização aos magistrados naqueles tempos turbulentos.

O edifício, chamado na época de Palazzo dei Priori (Palácio dos Priores), foi construído sobre as ruínas do Palazzo dei Fanti e do Palazzo dell'Esecutore di Giustizia, antes pertencente à família dos Uberti, que por ser do partido politico derrotado dos Ghibelini, foi caçada em 1266.

A construção incorporou também a antiga torre da família Vacca, utilizando-a na fachada (a chamada “Torre di Arnolfo”), razão pela qual a torre atual não fica no centro do edifício.

A construção foi concluída em 1314 e passou a ser a sede da Signoria (espécie de prefeitura atual), ou do conselho citadino chefiado pelos Priores (entre os quais Dante Alighieri), e do Gonfaloneiro de Justiça (uma posição no governo que durava poucos meses e que servia de intermediário entre o prefeito e o chefe de governo “legislativo”).

Algumas remodelações ocorreram na estrutura do palácio entre os séculos XIII e XVI, que deram ao edifício o aspecto de fortaleza, bem como as decorações em estilo renascentista dos ambientes no seu interior.

Entre 1540 e 1550, o palácio foi ampliado por Vasari para abrigar a corte do Grão-Duque Cosimo de Medici. O nome foi Vecchio foi adotado oficialmente quando Cosimo se mudou para o Palazzo Pitti, em 1565, e chamou à residência precedente de Palazzo Vecchio, enquanto a Piazza della Signoria mantinha o seu nome.

Cosimo instalou a partir dalí a administração governamental e os magistrados na adjacente Galleria degli Uffizi.

O arquiteto Giorgio Vasari projetou, então, um passadiço elevado, o Corridoio Vasariano (Corredor Vasariano), que liga até hoje o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, atravessando o Arno sobre a Ponte Vecchio.

Inicialmente o Corredor foi pensado para ser uma rota de fuga dos senhores de Firenze, era frequentemente usado pela família nobre para evitar se misturarem com o povo, ou ter que enfrentar o mal cheiro da Ponte Vecchio).

No final do século XVI, a última ampliação deu ao edifíco a aparência que vemos hoje.

O palácio ganhou nova importância ao ser sede do governo nacional, no período compreendido entre 1865 e 1871, quando Firenze se tornou capital do Reino da Itália recém-unificada.

O museu vale ser visto mais por sua arquitetura do que pelas obras, como o “Primo Cortile” (pátio da entrada com suas colunas e tetos decorados em estuque e dourado).

No primeiro piso está o "Salone dei Cinquecento" (salão dos 500), construído em um único ano, 1494, após o frade Girolamo Savonarola ter assumido o Governo de Firenze e promovido uma reforma popular na República Florentina para tentar evitar a concentração do poder na oligarquia. Savonarola, então, ordenou a criação do Conselho dos Quinhentos ou Grande Conselho, composto por 500 cidadãos.

Quatro anos depois, Savonarola foi executado por heresia, e o governo da cidade voltou às mãos das famílias poderosas.

Leonardo e Michelangelo foram então chamados para decorar o salão com dois grandes afrescos que celebrassem as vitórias da República; Leonardo começou a conceber a Batalha de Anghiari, enquanto que Michelangelo pintaria a Batalha de Cascina contra Pisa na outra parede; porém ambos não concluiram os trabalhos, pois Leonardo testou uma técnica nova (encaustica) que não funcionou, fazendo a imagem ser deteriorada em pouquissimo tempo, e Michelangelo teve que partir para Roma por convocação do Papa.

Acima, Batalha de Cascina, de Michelangelo (esboços e reprodução de Aristotele da Sangalo) e abaixo, Batalha de Anghiari de Leonardo Da Vinci (esboços e reprodução de Rubens)

Com a volta da família Medici, quando o novo Cosimo I mudou para o Palazzo, Giorgio Vasari foi chamado para decorar o Salone dei Cinquecento, que tornou-se então o salão de recepção de embaixadores e de audiência com o povo.

O tema da decoração teve uma mudança radical, passando a ser a exaltação e glorificação de Cosimo e sua família.

Não se sabe se Vasari destruiu ou simplesmente cobriu os trabalhos que ainda restavam de Leonardo, já que ele tinha muito respeito pelo "mestre".

Essa dúvida foi sempre alimentada pelo fato de Vasari ter escrito "Cerca Trova" (busque e achará, em português), em um detalhe no meio da pintura.

Isso levou os investigadores a introduzirem um sonda no mural de Vasari, em fissuras pré-existentes, e, para o espanto de todos, o material recolhido era justamente um de pigmentação escura exclusivo de Leonardo. Estudos recentes revelaram a presença de duas camadas nos afrescos, mas não foi possível determinar se é a parede da Batalha de Anghiari.

O “Studiolo de Francisco I” é uma jóia do estilo Maneirista, onde o Grão-Duque se retirava para meditar, trabalhar de forma reservada e para praticar a alquimia. As paredes contêm 34 pinturas com temas mitológicos, religiosos e de diversas atividades humanas.

Atrás das pinturas, armarios embutidos guardavam objetos raros do príncipe. O refúgio de Francisco I, personagem descrito como complicado, foi esquecido após a sua morte e depois desmantelado por seu irmão Ferdinando I de' Medici, mas foi reconstruído no século XX em todo seu espelendor.

Por fim, os andares superiores com cada um dos quartos dedicados a uma personalidade da família Medici, além do teto suntuoso da Sala dell'Udienza (Câmara de Audiência) e a decoração da Sala dei Gigli (Sala dos Lírios).

Sala dei Gigli (à esquerda) e Sala dell'Udienza (à direita)

Uma curiosidade exposta no Palazzo é a mascara mortária de Dante Aligheri, que apesar de ser insignificante em termos artísticos, se tornou famosa no livro "Inferno" de Dan Brown, assim como a Sala das Cartas Geográficas e sua passagem secreta e o sótão acima da Sala Dei Cinquecento, onde destroem a pintura "Apoteose de Cosimo I".

A vista do alto da Torre de Arnolfo é espetacular, com seus 95 m de altura, para quem aceita enfrentara escada de pedra de 223 degraus leva ao último nível.

Ao longo do caminho há uma pequena célula, chamado Alberghetto, onde eles foram presos Cosimo, o Velho, em 1433 (antes de ser exilado de Firenze, apenas por um ano, sob a acusação de conspirar contra a república) e Girolamo Savonarola em 1498 ( esperando para ser executado como um herege na Piazza della Signoria).

Acima estão os dois campanários, que abrigam 3 sinos, entre eles o chamado Martinella (com função de reunir os florentinos).

Apesar da peça original estar guardada no interior do Palazzo, o topo ainda conta com a cópia do velho cata-vento com o leão Marzocco, cujo nome quer dizer "Pequeno Marte"; o leão era o símbolo de força, poder e prestigio para a República Florentina, onde havia uma crença comum de que a cidade era dedicada a Marte.

Por fim, uma curiosidade adicional da parte externa do prédio é a caricatura talhada por Michelangelo do lado de fora do edifício, atrás da estátua de Hércules.

Diz a lenda que o artista, ao passar pela praça, foi várias vezes abordado por um homem que o incomodava com conversas inúteis; em um dos encontros, enquanto o homem falava, Michelangelo desenhou entediado com as mãos atrás das costas o rosto do tal personagem incômodo, que por séculos tem sido chamado pelos florentinos de “L'importuno di Michelangelo”.

Outros Pontos Turísticos da Região 9:

  • Atrações tradicionais ou imperdíveis

  • Piazza della Signoria

  • Loggia dei Lanzi

  • Galleria degli Uffizi

  • Atrações complentares e bem interessantes

  • Corridoio Vasariano (Corredor Vasariano)

  • Atrações opcionais e de interesse específico

  • Gucci Museo

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