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FIRENZE 10 - PALAZZO PITTI


​​Pontos Turísticos de Firenze - Região 10: Palazzo Pitti (Palácio Pitti)

A antiga residência dos Medici e do Rei da Italia é hoje considerado o maior complexo museológico de Firenze, com peças originais da coleção privada dos Medici e dos seus sucessores. É lá que se encontra a Galleria Palatina, com salas de decoração surpreendente e obras relevantes, além dos Museus da Prata, da Porcelana, do Traje e da Carruagem.

A algumas quadras da Ponte Vechio, o edifício foi encomendado para ser a residência urbana do banqueiro florentino Luca Pitti, que apesar de amigo e aliado de Cosimo de' Medici , O Velho, parece ter deixado claras instruções para que o palácio suplantasse o Palazzo Medici Riccardi (residência de Cosimo) dando precisas instruções sobre o tamanho das janelas, que “deveriam ser maiores que o pórtico da entrada do Palazzo Medici”.

O palacio foi projetado em 1458 por Luca Fancelli, mas sempre há insinuações de que ele foi apenas assistente no desenho de seu mestre Filippo Brunelleschi (que estranhamente morreu 12 anos antes do início da construção, tornando esses rumores pouco prováveis).

Na época, foi criada para ser a maior residência em Firenze e a mais opulenta e o projeto final de Fancelli inspirou uma tendência renascentista que inspirou recriações no século XVIII: o edifício não possuiria torres de defesa (típicas das casas dos senhores da idade média), mas sim um estilo simples, agressivo e robusto inspirado na arquitetura romana - arte all'antica (que no final permitiu que as diversas ampliações que o edifício sofreu posteriormente ao longo dos séculos mantivessem a sua essência original).

No entanto, em 1464 a construção foi interrompida devido aos “problemas financeiros” e o infeliz destino político de Luca Pitti provocado, ironicamente, pela morte de Cosimo de' Medici.

Com a morte de Pitti em 1472, o edifício foi vendido em 1539 por Buonaccorso Pitti, descendente de Luca, a Eleonora de Toledo, esposa do Grão-Duque Cosimo I (do outro ramo da familia Medici), que havia sido educada na luxuosa corte de Nápoles e preferia ter uma residência alternativa num bairro mais “saudável” do que a área onde residia (ela na verdade era doente, pois havia contraído tuberculose, e “se sentia sufocada” pela estrutura com poucas janelas do Palazzo Vecchio).

Cosimo I encomendou a Vasari a ampliação do edifício para adequá-lo aos seus gostos e necessidades, o que incluía o acesso pelo Corredor Vasariano a partir do Palazzo Vecchio e provocou uma drástica transformação no bairro de Oltrarno (“outro lado do Arno”), quando outras famílias nobres passaram a tentar imitar o Grão-Duque competindo para construir mansões nas recém-inauguradas Via Maggio ou Via dei Serragli.

Para os terrenos ao fundo do palácio, na colina do Bóboli, a partir de 1551, foi encomendado aos paisagistas Niccolo Tribolo e Bartolomeo Ammannati um projeto para criação de um grande parque, os Jardins do Bóboli, que incluiu um anfiteatro, onde depois foram encenadas grandes produções teatrais com elaborados cenários para a nobreza florentina.

Ammannati também conduziu as reformas no Palazzo entre 1557 e 1566, convertendo o edifício inacabado num complexo dividido em três alas e construindo um magnífico pátio que causou furor nas cortes europeias e que foi posteriormente pano de fundo para eventos extraordinários (como a simulação de uma batalha naval entre vinte navios turcos e cistãos e as celebrações do casamento de Ferdinando I de Medici e Cristina de Lorraine em 1589).

Inicialmente, o palácio era usado, essencialmente, para alojar hóspedes oficiais e funções da corte, enquanto a principal residência dos Medici permanecia no Palazzo Vecchio.

Foi somente durante o reinado do filho de Eleonora de Toledo, o Grão-Duque Ferdinando I de' Medici e da sua esposa, Cristina de Lorena, que o palácio foi ocupado integralmente e se tornou casa oficial da familia e da coleção de arte dos Medici.

Na época, os quartos na ala esquerda pertenciam ao Grão-Duque, enquanto os do lado direito ​​a seu herdeiro e as alas laterais alojavam os apartamentos das esposas; no segundo andar ficava a biblioteca e os quartos secundários utilizados para as crianças.

Em 1616, foi aberto um concurso para desenhar as ampliações à principal fachada urbana, vencido por Giulio Parigi, que encarregarou-se junto com Alfonso Parigi da última ampliação do palácio, somente complementada pela criação da praça central em frente à fachada, protótipo do cour d’honeur (pátio de honra), logo copiado em França.

O palácio foi a residência principal dos Medici até a morte, em 1737, do seu último herdeiro homem, o grão-duque Gian Gastone de' Medici, sendo ainda ocupado brevemente pela sua irmã, Ana Maria Luisa de Medici, cuja morte pôs fim à linhagem da família.

A propriedade passou, então, para as mãos dos novos duques, o Imperador Francesco Stefano I, membro da Casa de Lorena, que não se interessou por Firenze naquele momento.

Somente no final do século XVIII, com seu filho o grão-duque Pedro Leopoldo, que desejava obter popularidade depois do fim da era dos Medici, que a coleção de obras de arte foi aberta ao público pela primeira vez, embora com alguma relutância.

A posse do palácio por parte dos Habsburgos foi brevemente interrompida por Napoleão Bonaparte, que o utilizou como residência e base militar durante o seu domínio da Itália e depois por sua irmã Elisa Bonaparte que governou a Toscana por um curto período de tempo.

Quando em 1860, a Toscana se tornou província do Reino de Itália, o palácio converteu-se em propriedade da Casa de Saboia e serviu entre 1865 e 1871 como residência oficial do rei Vítor Emanuel II, enquanto Firenze foi capital do reino da Itália recém-unificada, época em que algumas salas já eram usadas como museu.

No início do século XX, em 1919, o Palácio Pitti, juntamente com o seu conteúdo, foi doado ao povo italiano por Vítor Emanuel III; por esse motivo, as suas portas foram abertas ao público e o edifício converteu-se em uma das maiores galerias de arte de Firenze.

Hoje em dia, o palácio e outros edifícios situados dentro dos Jardins do Bóboli foram divididos em cinco galerias de arte e um museu, com 140 salas que abrigam peças originais da coleção privada dos Medici e dos seus sucessores e de diversas aquisições posteriores (veja mais abaixo maiores detalhes sobre os Museus e o Interior do Palazzo).

Piazza Pitti, a escultura moderna da artista italiana Rabarama e a fachada do Palazzo Pitti

Museus do Palazzo Pitti e do Giardini di Boboli - Galleria Palatina:

A Galleria Palatina (nome vem de “Galeria do Palácio”), situada no primeiro andar do “piano nobile” (piso nobre), é a mais famosa e conta com um conjunto de mais de 500 importantes obras de pintores da Renascença como Rafael, Tiziano, Caravaggio e Tintoretto, entre outros.

As obras estão dispostas da forma como decoravam os ambientes na época que foram idealizadas, e por isso estão organizadas mais como uma coleção privada do que seguindo uma sequência cronológica ou por escola de arte, como é comum nos museus.

A decoração das salas ou dos “Apartamentos Reais” (14 grandes salões usados pelos Medici e seus sucessores e pequenas salas mais intimas adequadas às necessidades quotidianas) também é um espetáculo à parte.

Uma das decorações que chama muito atenção são os afrescos barrocos de Pietro da Cortona descrevendo a Idade do Ouro, da Prata, do Cobre e do Ferro na Salla della Stuffa e as ornamentações com temas astrológicos nas salas na frente do palácio.

Museus do Palazzo Pitti e do Giardini di Boboli - Museo degli Argenti:

O Museo degli Argenti (Museu da Prata, também chamado "O Tesouro Medici" por pertecerem majoritariamente a Lourenzo de Medici), contém uma coleção de peças valiosas em prata, camafeus, trabalhos em gemas semipreciosas e ourivesaria da Antiguidade, além de um magnífico conjunto de prata alemã, doada pelo grão-duque Ferdinando III da Toscana depois do seu regresso do exílio, em 1815 devido à ocupação francesa.

Salas de Exposição e Peças do Museo degli Argenti

Museus do Palazzo Pitti e do Giardini di Boboli - Museo delle Porcelana:

O Museo delle Porcellane (Museu da Porcelana, instalado no Casino del Cavaliere, no alto dos Jardins do Bóboli, aberto ao público pela primeira vez somente em 1973) expõe peças de porcelana provenientes das mais famosas fábricas de porcelana europeias, como Vincennes (mais tarde transformada em Sèvres) e Meissen que foram presentes oferecidos aos governantes florentinos por outros soberanos europeus ou encomendados para a corte do Grão-Duque.

Sala de Exposição do Museo delle Porcellane

Museus do Palazzo Pitti e do Giardini di Boboli - Galleria del Costume:

A Galleria del Costume (Galeria do Traje, pequeno museu na ala do palácio conhecida por "Palazzina della Meridiana") contém uma coleção de figurinos teatrais desde século XVI, artigos de vestuário desde o século XVIII, peças que contam a história da moda italiana, jóias e até vestes funerárias.

Exemplo de Vestuário exposto, demosntrando a evolução da moda através dos séculos

Museus do Palazzo Pitti e do Giardini di Boboli - Museo delle Carrozze:

O Museo delle Carrozze (Museu das Carruagens) exibe carruagens extremamente decoradas e outros transportes usados pela corte do Grão-Duque nos séculos XVIII e XIX, como a "Carrozza d'Oro" (Carruagem de Ouro) onde coroas de ouro indicam o lugar dos assentos dos nobres ocupantes.

Algumas das carruagens expostas no Museo delle Carrozze

Outros Pontos Turísticos na Região:

  • Atrações tradicionais ou imperdíveis

  • Ponte Vecchio (Velha Ponte)

  • Giardini di Boboli

  • Atrações opcionais ou de interesse específico

  • Basilica di Santo Spirito

  • Basilica di Santa Maria del Carmine e Capela Brancacci

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