top of page

FIRENZE 9 - PIAZZA DELLA SIGNORIA E LOGGIA DEI LANZI

Pontos Turísticos de Firenze - Região 9: Piazza della Signoria

Considerada uma das mais belas praças da Itália, a Piazza della Signoria e a Loggia dei Lanzi representam o coração político, cívico e social da cidade desde a Idade Média até os dias de hoje, e é a imagem iconográfica mais forte de Firenze em conjunto com a Cúpula do Duomo e a Ponte Vecchio.

Na verdade, as primeiras atividades na área datam da era Neolítica, e há indícios que o local era uma área importante da cidade na era romana de Adriano, com termas e uma grande “fullonica” (oficinas de tingimento de tecido).

No século IV, esses edifícios foram abandonados e posteriormente reutilizados em atividades menos significativas, até o início da construção de uma basílica cristã, que ficou em uso até o século VII, quando foi substituída por uma pequena igreja dedicada a Santa Cecilia, e sabe-se de outra próxima dedicada a San Romolo (onde hoje é o Palazzo Bombicci).

Igreja de Santa Cecilia (à direita) e de San Romulo (no canto esquerdo do quadro direito)

A partir do século X, começou o processo de reconstrução dos edifícios, que levaram à definição do bairro medieval que lá se instalou.

A praça começou a tomar sua forma atual em torno de 1268, quando a facção política dos Guelfos venceu a facção contrária dos Ghibelinos, e suas casas na área da Piazza foram então demolidas (a exemplo da Torre da Familia Ghibelina dos Uberti, que ficava na parte central da praça, e foi encontrada em escavações no final do século XX).

No entanto, a área só foi pavimentada e teve uma aparência unificada atual em “L” em 1385, ao mesmo tempo em que foi construído o Palazzo della Signoria.

Nesse momento, a Piazza della Signoria passou a ser o centro da vida política e social da cidade, em contraste com o centro religioso da Piazza del Duomo e do centro comercial e de negócios do Mercado Velho, onde hoje se encontra a Piazza della Republica.

No século XIV, foram também contruídos a Loggia della Signoria (para receber as cerimônias públicas) e o Tribunale della Mercanzia (Tribunal de Mercadoria, para a resolução de litígios cíveis e comerciais).

Nos séculos XV e XVI, a praça foi palco de eventos, festas e torneios importantes, e até de execuções, como a do monge dominicano Girolamo Savonarola, que levantou multidões contra a vida pagã e a imoralidade da sociedade Renascetista, até que seus inimigos da classe dominante o condenaram ao enforcamento e à fogueira em 1498, como é recordado em uma laje de granito do piso, quase no centro da praça.

Retrato de Savonarola, Pintura sobre sua execução e Placa no piso da Piazza recordando o evento

Ao longo dos anos, os políticos, nobres e mecenas contribuíram para enriquecer o lugar com obras de arte, transformando-o em um grande museu ao ar livre.

A mais famosa delas é “David” de Michelangelo: a estátua de mármore de 5,17 metros retrata o herói bíblico com um impressionante realismo anatômico, A imagem consagrava o valor monumental da coragem e força do personagem, símbolo perfeito de virtudes republicanas da cidade, representando o triunfo sobre a tirania. A peça que se vê lá hoje é uma réplica; a original, colocada em 1504 na entrada do palácio, está agora protegida dos intempéres do tempo na Galleria dell’Academia.

Também é impressionate, ao lado Palazzo Vecchio, a “Fontana de Nettuno” (Fonte de Netuno) de Bartolomeo Ammannati (apelidada Biancone) celebra as vitórias navais da Toscana.

Outra obra que chama atenção “Hércules e Caco” de Baccio Bandinelli retratando um dos episódios dos “Doze Trabalhos de Hércules”.

Na mitologia romana, Hércules, filho de Júpiter e de uma mortal, após ter matado a sua família por loucura, como penitência torna-se servo do rei de Micenas, aceitando cumprir tarefas impossíveis para qualquer mortal. Após concluir seu décimo trabalho (roubar o rei de Tartesso), Hércules parou para descansar na casa do rei Evandro, quando Caco aparece e rouba touros e novilhos. Quando Hércules despertou, procurou em vão o gado perdido. Porém, quando estava perto da caverna onde Caco estava escondido, um dos novilhos mugiu ruidosamente. Hércules, seguindo o som, encontrou Caco e matou-o, recobrando assim o gado furtado.

A ultima obra famosa é a estátua equestre de bronze retratando Cosimo I de' Medici de Gianbologna, a primeira de seu estilo em Firenze e cujo pedestal de mármore descreve episódios importantes de sua vida: a eleição para Duque, a conquista de Siena e a concessão do título de Grão-Duque.

A praça está também rodeada por alguns dos edifícios mais famosos da cidade, como o “Palazzo Vecchio” ou “Palazzo della Signoria” (sede do poder civil e museu) e a Loggia dei Lanzi (galeria aberta), e a entrada que leva à Galleria degli Uffizi.

Pontos Turísticos de Firenze - Região 9: Loggia dei Lanzi

Loggia quer dizer galeria, arcada aberta. A bela loggia de Firenze recebeu esse nome porque ali acamparam os Lanzichenecchi, ou soldados mercenários que serviam ao Sacro Império Romano.

O termo é derivado do alemão Landsknecht (Land = terra + Knecht = servidor). Eles se abrigaram ali em 1527, a caminho de Roma, e a Loggia passou a ser chamada de Loggia dei Lanzi, numa abreviação do nome alemão.

Sua denominação original, della Signoria é, como fica óbvio, devido ao fato de estar situada na praça homônima.

No entanto, até hoje os florentinos se referem a ela mais como Loggia dei Lanzi do que de Loggia della Signoria.

Construída entre 1376 e 1382, por ser coberta, servia para a realização de assembleias públicas e cerimônias oficiais da República.

Não tem um estilo definido: poderia ser considerada gótica se não fossem as arcadas renascentistas.

Quando caiu a República, e foi criado o Grão-Ducado da Toscana, ela passou a não mais servir como centro de assembleias dos cidadãos, mas como um museu aberto para abrigar obras de arte.

Isso faz da Loggia um dos primeiros espaços de exposição pública do mundo. São treze as esculturas que se pode contemplar de perto a qualquer hora do dia e da noite gratuitamente, e duas se destacam por serem as mais famoasas.

A primeira é a escultura em bronze “Perseu com a cabeça da Medusa” (Perseu de Cellini), considerada a obra prima do joalheiro-escultor Benvenuto Cellini, que é a única, das treze obras expostas, feita especialmente para a Loggia della Signoria.

Nela, Perseu segura a cabeça da Medusa pelos cabelos e olha para baixo, em direção ao espectador, com a mão esquerda empunhando a espada que lhe foi dada por Mercúrio, de quem é protegido.

Seu pedestal, removido no século XX para o Bargello e substituído por uma cópia, é outra obra prima: todo ele com pequenos bronzes que representam divindades ligadas ao mito de Perseu, demonstrando todo o talento do escultor em obras de menor escala.

A segunda obra de destaque é o “Rapto das Sabinas” de Giambologna; considerada sua obra prima, a escultura não foi produto de encomenda e nem produzida a partir do tema das Sabinas, e sim uma tentativa de demonstração de sua capacidade de produzir uma peça maneirista e complexa esculpida em um único bloco de mármore, com 4,10 m de altura, em formato de “serpentina” com movimento helicoidal que poderia ser vista de qualquer ângulo com sucesso.

Esse método de escultura havia sido proposto por Leonardo e explorado por Michelangelo, mas a peça de Giambologna é a primeira grande obra da arte renascentista a resolver todos os ângulos satisfatoriamente e oferecer pontos de interesse em qualquer posição em que a obra é observada, representando a solução de um “dilema” que estava em debate há décadas relativo à disputa sobre a primazia da escultura ou da pintura (os defensores da escultura argumentavam que ela era superior pois não só oferecia o plano de vista frontal, como ocorre na pintura, mas oferecia múltiplos pontos de vista para o espectador, e Cellini havia respondido dizendo que uma estátua idealmente não deveria ter menos de oito ângulos satisfatório).

Quando o Grão Duque Francesco I viu a obra, ficou tão entusiasmado que ordenou sua instalação em um local destacado na Loggia dei Lanzi. Como a obra de Cellini já era célebre nesse momento, foi necessário batizar de alguma forma a obra de Giambologna, que decidiu pela história das Sabinas. Mais tarde a obra foi reproduzida inúmeras vezes em pequeno formato, se tornando peças cobiçadas por colecionadores. Hoje a estátua original, que estava ameaçada pela poluição, se encontra na Galleria dell'Accademia, tendo sido substituído por uma réplica.

As outras obras da Loggia, apesar de menos conhcidas e comenadas, são também interessantes.

Rapto de Polixena, Mulher Romana, Hercules lutando contra Centauro Nesso

Outros Pontos Turísticos da Região 9:

  • Atrações tradicionais ou imperdíveis

  • Palazzo Vecchio (Palácio Velho)

  • Galleria degli Uffizi

  • Atrações complementares e bem interessantes

  • Corridoio Vasariano (Corredor Vasariano)

  • Atrações opcionais e de interesse específico

  • Gucci Museo

bottom of page